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Hengest e Horsa: Os Conquistadores Lendários da Inglaterra

 


A memória e a inspiração transmitidas por grandes heróis, sejam eles históricos ou mitológicos, desempenham um papel fundamental nas religiões pagãs. Suas histórias de bravura e superação servem como exemplo para os praticantes dessas tradições. Enquanto heróis gregos como Aquiles, Odisseu e Leônidas são amplamente conhecidos, os heróis do paganismo germânico ainda recebem pouca atenção. Este artigo marca o início de uma série dedicada a explorar essas figuras, lançando luz sobre sua história, importância religiosa e legado na cultura germânica. Grandes figuras como Siegfried, Bewulf, Arminius, Waltharius e Widuking, mas iremos começar esta série pelos irmãos Hegenst e Horsa.

Hengest e Horsa são figuras semi lendárias associadas à migração dos anglos, saxãos e jutos para a Britânia no século V. Eles são descritos como irmãos guerreiros, possivelmente de origem juta, que lideraram os primeiros invasores germânicos na ilha. Historicamente, sua existência é incerta, mas mitologicamente representam a invasão germânica e a fundação de novos reinos anglo-saxãos.

Hengest e Horsa possuem uma importância simbólica significativa para o paganismo germânico, especialmente dentro da reconstrução moderna das religiões pagãs anglo-saxônicas e germânicas. Seu papel como heróis fundadores, semidivinos e conquistadores reflete arquétipos fundamentais das crenças pagãs germânicas, tanto no período pré-cristão quanto na visão moderna dessas tradições.

Vamos explorar suas diferentes dimensões neste artigo.

  1. Contexto Histórico

Hengest e Horsa são figuras que ocupam um lugar central no mito da primitiva Inglaterra. Segundo a Crônica Anglo-Saxônica, a História Eclesiástica do Povo Inglês de Beda e, os escritos de Geoffrey de Monmouth, especialmente a Historia Regum Britanniae, esses dois guerreiros desempenharam um papel crucial nos primórdios da invasão e colonização anglo-saxã da Britânia. Embora sua exata importância histórica seja alvo de intenso debate, seu status lendário como conquistadores heróicos teve um impacto duradouro no folclore e na tradição inglesa. 

A invasão da Britânia e a subsequente formação dos reinos anglo-saxões foram protagonizadas por três grandes grupos germânicos: os Anglos, os Saxões e os Jutos. Estes povos migraram do que hoje são partes da Dinamarca, Alemanha e Holanda, estabelecendo diferentes reinos na ilha. Além desses três grupos principais, outras tribos germânicas menores também participaram da invasão e colonização.

1.1. A Chegada de Hengest e Horsa


Por volta de 449 d.C., os irmãos Hengest e Horsa, identificados como líderes de um grupo de Jutos, chegaram à Britânia em Ebbsfleet, na Ilha de Thanet, com seus guerreiros a convite do rei Vortigern, um governante britânico. Segundo as fontes, os britânicos estavam sob constante ameaça dos pictos e escotos no norte e contrataram mercenários germânicos para reforçar suas defesas. Segundo Beda, os dois guerreiros não eram conquistadores no sentido tradicional, mas sim líderes de um grupo de colonos germânicos que buscavam refúgio na Britânia dos hunos.

A Crônica Anglo-Saxônica fornece um resumo da chegada de Hengest e Horsa à Britânia. Segundo a Crônica, eles foram convidados pelo rei britânico Vortigern para ajudar a defender-se dos invasores pictos do norte. Inicialmente, Hengest e Horsa lutaram ao lado dos britânicos contra essas tribos, mas logo perceberam a fragilidade dos governantes locais e passaram a exigir mais terras e tributos. No entanto, após estabelecerem uma posição no país, eles rapidamente se voltaram contra seus anfitriões e iniciaram uma campanha de conquista que lançaria as bases dos futuros reinos anglo-saxões. 

Após um período de cooperação, Hengest e seus guerreiros romperam com Vortigern e iniciaram uma série de batalhas contra os britânicos, que marcaram o início das invasões germânicas à Britânia.

1.2. Primeiros Conflitos (c. 455 d.C.) – Batalha de Aylesford

  • Segundo a Crônica Anglo-Saxônica, a primeira grande batalha entre os britânicos e os anglo-saxões ocorreu em Aylesford (Kent).

  • Hengest e Horsa enfrentaram Vortigern e seus aliados celtas.

  • Horsa foi morto em combate, mas Hengest continuou a guerra e consolidou seu domínio.

1.3. Batalha de Crayford (c. 457 d.C.) – Expulsão dos Britânicos

  • Após a morte de Horsa, Hengest e seu filho Oisc (Esc) continuaram a luta.

  • Os anglo-saxões derrotaram os britânicos em Crayford, forçando-os a abandonar Kent e recuar para Londres.

  • Isso marcou a consolidação do Reino de Kent, o primeiro reino anglo-saxão na ilha.

1.4 Massacre do Conselho de Salisbury ou Traição das Facas Longas (c. 472 d.C.) – A Traição de Hengest

  • Segundo a Historia Brittonum, Hengest convidou Vortigern e outros nobres britânicos para um banquete sob pretexto de selar a paz.

  • Durante o encontro, os guerreiros germânicos atacaram os britânicos desarmados e massacraram a maioria dos líderes celtas.

  • Vortigern foi capturado e forçado a entregar partes da Britânia aos anglo-saxões.

  • Quem traiu quem, no entanto, é uma questão de debate, com os relatos variando entre perspectivas pró-britânicas e pró-anglo-saxãs.

  • George R.R. Martin se inspirou em vários eventos históricos para criar o Casamento Vermelho, um dos momentos mais chocantes de A Song of Ice and Fire, e o Massacre do Conselho de Salisbury certamente foi sua principal fonte de inspiração.

1.5. Guerra Contra Ambrosius Aurelianus

  • Com a morte de Vortigern, um novo líder britânico emergiu: Ambrosius Aurelianus, um romano-britânico que organizou a resistência contra Hengest.

  • A guerra continuou por décadas, culminando possivelmente na Batalha do Monte Badon (c. 500 d.C.), onde os britânicos teriam obtido uma grande vitória, interrompendo a expansão anglo-saxônica por um tempo.

1.6. Outras Atestações Relevantes

Hengest aparece na linha 34 do Fragmento de Finnesburg, que descreve a lendária Batalha de Finnsburg. No poema Beowulf, um scop (bardo) recita uma composição que resume os eventos de Finnsburg, incluindo detalhes não presentes no fragmento. Hengest é mencionado nas linhas 1082 e 1091. Alguns estudiosos sugerem que a figura mencionada nessas passagens seja a mesma do relato de Hengist e Horsa, embora Horsa não seja citado em nenhuma das fontes. Em sua obra Finn and Hengest, J. R. R. Tolkien defendeu a ideia de que Hengist foi uma figura histórica e que sua chegada à Britânia ocorreu após os eventos descritos no Fragmento de Finnesburg e em Beowulf.

Outra citação relevante vem do islandês Snorri Sturluson, no século XIII, mencionando brevemente Hengist no Prólogo, o primeiro livro da Edda em Prosa. O Prólogo apresenta uma versão euhemerizada da história germânica, incluindo o detalhe de que Woden colocou três de seus filhos no comando da Saxônia. O governante da Saxônia Oriental era Veggdegg, cujo filho Vitrgils foi pai de Vitta, que, por sua vez, foi pai de Hengist.

Por fim, relatos históricos sugerem que Hengist foi sepultado em Hengistbury Head, no condado de Dorset.

1.7. Consequências e Legado

  • Estabelecimento de Kent – Hengest consolidou o primeiro reino anglo-saxão, dando início à colonização germânica.

  • Declínio do poder britânico – A traição de Hengest e suas vitórias minaram a resistência britânica, levando à gradual anglo-saxonização da ilha.

  • Mitificação – Hengest e Horsa se tornaram figuras quase míticas, sendo retratados como fundadores de dinastias e descendentes de Woden.



  1. Árvore Genealógica

Na tradição germânica, os ancestrais heroicos e divinizados eram reverenciados como fontes de poder e legitimidade. Segundo a genealogia lendária, Hengest e Horsa eram descendentes diretos de Woden (Odin), o que os colocava na tradição dos reis-sacerdotes e líderes guerreiros legitimados pela divindade. Esse conceito ecoa a prática germânica de reivindicar linhagens divinas para governantes e guerreiros, uma crença comum entre anglo-saxões, francos e outros povos germânicos.

Algumas fontes medievais mencionam uma genealogia para Hengest e Horsa, ligando-os a ancestrais mitológicos dos anglo-saxões. No entanto, essas genealogias são misturas de história, mitologia e culto a ancestralidade.

As principais fontes que citam a ascendência de Hengest e Horsa são:

  1. Beda, o Venerável (História Eclesiástica do Povo Inglês, século VIII)

    • Afirma que Hengest e Horsa eram "filhos de Wihtgils, netos de Witta, bisnetos de Wecta e descendentes de Woden (Odin)".

    • Essa linhagem os conecta diretamente ao panteão germânico, o que era comum nas genealogias reais anglo-saxônicas.

  2. Crônica Anglo-Saxônica (compilada no século IX)

    • Confirma a genealogia dada por Beda e acrescenta que Hengest teve um filho chamado Oisc (também conhecido como Esc).

    • Oisc tornou-se o ancestral da dinastia real de Kent, cujos reis eram chamados de Oiscingas.

  3. Nennio (Historia Brittonum, século IX)

    • Nennio menciona Hengest dando mais detalhes sobre sua rivalidade com Vortigern.

    • Ele não expande a genealogia como fazem Beda e a Crônica Anglo-Saxônica, mas cita que o mesmo é irmão de Horsa.

        Woden (Odin)

       │

      Wecta

       │

       Witta

       │

        Wihtgils

       │

       ┌───────────────┐

   Hengest                            Horsa

       │

     Oisc (Esc)

       │

  Reis de Kent (Oiscingas)

  1. O Simbolismo do Cavalo

Os próprios nomes desses heróis são um tema de interesse e controvérsia. Eles derivam de palavras do inglês antigo de origem germânica, significando "garanhão" e "cavalo", respectivamente. Isso levou alguns estudiosos a especular que poderiam ser apelidos, em vez de nomes pessoais verdadeiros.

O motivo do cavalo e do cavaleiro desempenhava um papel significativo no mito e simbolismo anglo-saxão, representando poder, força e prestígio. O cavalo era um símbolo de alto status social, e possuir um indicava riqueza e poder. O cavaleiro, por outro lado, representava um guerreiro e líder, que cavalgava para a batalha.

No contexto de Hengest e Horsa, os motivos do cavalo e do cavaleiro servem para reforçar seu status como figuras poderosas e prestigiadas. Além do significado prático e simbólico, esses temas também eram comuns na literatura e na poesia épica anglo-saxã. O cavalo frequentemente aparecia como símbolo de poder, velocidade e beleza, e o cavaleiro era celebrado como um guerreiro bravo e nobre. Um exemplo pode ser visto no poema do inglês antigo conhecido como The Wanderer, onde lemos na estrofe 92:

"Hwær cwom mearg? Hwær cwom mago?

Hwær cwom maþþumgyfa?

Hwær cwom symbla gesetu?

Hwær sindon seledreamas?

Eala beorht bune!

Eala byrnwiga!

Eala þeodnes þrym!

Hu seo þrag gewat,

genap under nihthelm,

swa heo no wære.

Stondeð nu on laste!"

Tradução:

"Onde foi parar o cavalo? Onde está o cavaleiro?

Onde está o doador de tesouros?

Onde estão os assentos do banquete?

Onde estão as alegrias do salão?

Ai, a taça brilhante!

Ai, o guerreiro de armadura!

Ai, o esplendor do príncipe!

Como esse tempo passou,

obscurecido sob o véu da noite,

como se nunca tivesse existido!"

Aqui, a conexão entre a classe possuidora de cavalos e o esplendor, nobreza e generosidade fica evidente. O cavaleiro é um símbolo poderoso no folclore anglo-saxão, e quem melhor para encarnar esse símbolo do que dois irmãos semidivinos chamados "Garanhão" e "Cavalo"? É digno de nota que J. R. R. Tolkien, renomado anglo-saxonista e linguista, além de autor de ficção, usou uma versão dessa estrofe em seu romance As Duas Torres.

Os nomes "Hengest" (garanhão) e "Horsa" (cavalo) reforçam sua conexão com um dos elementos centrais da espiritualidade germânica: o cavalo sagrado. O cavalo era um animal associado a Woden/Odin e desempenhava um papel fundamental em práticas rituais, oraculares e militares. Em várias culturas germânicas:

  • Cavalos brancos eram mantidos em santuários e usados para presságios.

  • O sacrifício ritual de cavalos e o consumo cerimonial de sua carne eram parte de festivais religiosos.

  • O próprio Woden é um deus viajante e guerreiro frequentemente retratado cavalgando Sleipnir, seu cavalo de oito patas.




A simbologia do cavalo e sua associação com a realeza guerreira indicam que Hengest e Horsa podem ter sido mais do que líderes militares – poderiam ter sido vistos como figuras sagradas, escolhidas pelos deuses ou, em algumas versões, manifestações divinas.

4. Hengest e Horsa na Reconstrução Pagã Moderna

Nos movimentos neopagãos e reconstruccionistas germânicos modernos (como o Aldsidu, Fyrnsidu e o Forn Sidr), Hengest e Horsa são frequentemente lembrados como ancestrais espirituais dos anglo-saxões. Eles são vistos como:

  • Símbolos da transição e transformação, representando o deslocamento dos povos germânicos e o início da identidade anglo-saxã.

  • Figuras de liderança e força, valorizadas em tradições que enfatizam honra, coragem e a busca pelo destino.

  • Herdeiros de Woden/Odin, conectando a guerra, a sabedoria e a astúcia à identidade pagã anglo-saxônica.

Algumas práticas modernas incluem homenagens a Hengest e Horsa em rituais de blót e sumbel, onde guerreiros ancestrais e heróis culturais são lembrados e honrados. 

5. Conclusão

Hengest e Horsa são mais do que simples líderes históricos – eles encarnam os valores do paganismo germânico, desde a linhagem divina e o simbolismo do cavalo até o papel de heróis fundadores. Seja como ancestrais espirituais ou símbolos da identidade germânica, sua importância persiste tanto na história quanto no imaginário pagão moderno.

Independentemente da precisão histórica dessas narrativas, as lendas sobre Hengest e Horsa tiveram um impacto duradouro na cultura e na tradição inglesa. Durante séculos, eles foram celebrados como guerreiros lendários que ajudaram a forjar a nação inglesa, e seus feitos inspiraram inúmeras obras de arte, literatura e folclore.

Em conclusão, Hengest e Horsa são figuras de duradoura fascinação e importância na mitologia anglo-saxã. Embora sua relevância histórica seja amplamente debatida, seu status lendário como conquistadores e heróis ajudou a moldar a identidade e as tradições do povo inglês. Seja como figuras históricas ou como símbolos da primitiva Inglaterra, Hengest e Horsa continuam a cativar a imaginação de estudiosos e reconstrucionistas pagãos.

Quando você for fazer o seu blót ou symbel, aproveite a oportunidade e faça um gylp (brinde) em memória e honras ao grandiosos irmãos Hengest e Horsa.

6. Fontes e referências

  • Bede. The Ecclesiastical History of the English People. Trad. Bertram Colgrave & R.A.B. Mynors. Oxford: Oxford University Press, 1991.

  • Swanton, Michael (ed. & trad.). The Anglo-Saxon Chronicle. New York: Routledge, 1996.

  • Nennius. Historia Brittonum. Trad. John Morris. In: British History and the Welsh Annals. London: Phillimore, 1980.




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