Desde a Grécia antiga os conceitos de espirito do lar, culto doméstico e culto ao fogo doméstico eram bem comum aos povos, se estendendo a muitos povos de raiz Indo-europeia, podendo encontrar crenças muito semelhantes entre os Celtas, Eslavos, Romanos e assim por diante.
Kobold que vivem dentro de minas: são hostis aos humanos, tendo uma aparência terrível e assustadora, sendo responsáveis pelo envenenamento e desabamentos e outros inúmeros acidentes e trapaças para fazer com que os mineiros vão embora, até hoje você poderá encontrar muitas minas abandonadas nessas regiões com fama de assombradas.
Klabautermann: esse era um espirito comum nos navios, que se manifestava na forma de um velho marinheiro fumando um cachimbo , os marinheiros respeitavam e temiam muitos esses espíritos, sendo grandes aliados ou terríveis inimigos a bordo, pode atrair ou afastar tempestades e influenciar nos ventos, existem muitas estátuas atualmente por várias regiões germânicas em homenagem a esses espíritos, sendo fortemente ligados a agua.
Kabold doméstico: conhecido por viver juntamente com os moradores, podiam assumir a forma de animais em chamas ou de velas, apesar de muitos jogos de RPG atualmente representarem eles como sendo seres meio reptilianos ou com forma de rato, na folclore eles são sempre mencionados com aparência de um velho senhor, com longa barba e do tamanho de uma criança.
Assim como seus primos escandinavos, eles auxiliam nos trabalhos domésticos, protegem a casa de pragas, eles tem fortes semelhanças com os Poltergeists, e em algumas historias eles são mencionados como seres que adoram crianças e gatos, sendo muitas vezes vistos montados em gatos ou brincando com eles.
Nas obras dos Irmãos Grimm, temos algumas historias que tratam sobre esses seres, em uma delas eles são perigosos trapaceiros, em outra eles auxiliam um sapateiro no seu trabalho, e existem mais historias como as que podemos ver em rei Goldemar, Heinzelmann e Hodekin.
Essa ligação desses seres com o artesanato e a cozinha podem ser resquícios do culto do fogo doméstico a qual eles certamente pertenciam em um passado pré-cristão, a ligação com sapatos pode ser originada na influencia celta e na historia do leprechaum.
Sua presença é forte dentro do folclore continental, dentro de historias, contos de fadas e lendas, sempre auxiliando nos cuidados da casa e punindo os moradores relaxados, sendo assim como seus primos altamente benéficos quanto perigosos quando ofendidos, sendo responsáveis desde por pequenas artimanhas como esconder coisas até a incêndios nas casas e doenças e morte.
Dentro dos povos germânicos essas crenças são ainda mais amplas, podendo encontrar dentro da mitologia, crenças e folclore uma inúmera gama de seres, desde espíritos que vivem em rios, lagos, pedras, grutas, cavernas, pedras, na lareira, na sua casa, no celeiro, no jardim.
Como esses povos não possuíam uma distinção entre o espiritual e o mundano como nós temos hoje, a convivência e trato com esse tipo de seres era feita no dia a dia do povo, seguindo uma série de tradições, costumes e até mesmo regras, tudo se baseando na ideia de se manter um bom Grith, diferente de Frith, o Grith é uma espécie de acordo de paz, que esta dirigido a um local ou tempo, vamos entender isso melhor adiante, quando nos aprofundarmos nos tipos de espirito.
Sendo a base da crença Germânica animista, a crença de que todas as coisas possuem um espirito e este espirito deve ser respeitado assim como qualquer outro, sendo visível ou invisível é fundamental para a cultura destes povos que viviam a mercê dos caprichos da natureza.
Esses espíritos podiam viver na natureza, ao redor das aldeias e outros viviam dentro da aldeia e até mesmo dentro de suas casas, algumas fontes dizem que segundo as crenças desses povos, nas fontes escandinavas é registrado que quando um fazendeiro abria um terreno para a construção de sua casa ou fazenda os espíritos que já viviam ali acabam se instalando posteriormente a construção para viver dentro do celeiro, outras fontes dizem que esses seres surgem logo que se inicia a construção da casa, sendo em si espíritos da própria casa, espíritos que nascem juntamente com a construção dela, mas sem especificar em que momento da obra esses seres surgem, outras fontes posteriores do período cristão em uma tentativa de demonizar o culto aos espíritos da casa alegava que os espíritos eram almas de crianças que morreram sem ser batizadas que acabavam condenadas a vagar pelo mundo assombrando as casas.
Mas apesar de todas as tentativas da igreja de acabar com tais crenças é extremamente comum nos dias de hoje você encontrar imagens de duendes de jardim, representações cinematográficas dessas criaturas e muitas e muitas historias contadas dos avós para os netos sobre esses pequeninos seres que podem ser bem travessos e divertidos.
Tomte Nisse
Na Escandinávia vamos encontrar os famosos Tomte e Tomte Nisse, dentro do folclore escandinavo eles são muito conhecidos por proporcionar proteção a casa, espantando criaturas nocivas como ratos e animais peçonhentos, adoram animais domésticos, muitos vivem dentro dos celeiros e ajudam a cuidar do gado e dos cavalos.Muitas histórias dizem que eles acabam escolhendo um cavalo como seu favorito, e fazem tranças em sua crina e durante as noites as vezes você pode velos cavalgando seu animal nos pastos, se eles fossem respeitados eles concediam fertilidade e proteção para a propriedade, mas se fossem ofendidos ou o fazendeiro fosse uma pessoa relaxada ou preguiçosa eles poderiam se tornar terríveis oponentes, sendo capazes de muitas travessuras, desde amarrar as caudas das vacas umas nas outras a até mesmo adoecer e matar o gado, cavalos e aves da propriedade.
Em uma das lendas conta-se que durante a noite de Jól, como era de costume, deixou uma tigela de leite com manteiga como um presente para os tomte de sua propriedade, porem ele havia colocado primeiro a manteiga e despejado o leite morno por cima, fazendo com que a manteiga fosse parar no fundo do leite, quando os tomte chegaram para coletar sua oferta não viram a manteiga, que deveria estar acima do leite, e se sentiram extremamente ofendidos, então viraram todos os objetos da casa de pernas para o ar e abriram os portões da fazenda para que o gado fugisse, mas ao notarem que a manteiga estava abaixo do leite se sentiram arrependidos, então foram atrás do gado que havia fugido, os trazendo de volta.
Com a chegada do cristianismo, os padres demonizaram o culto aos tomte e Tomte nisse, dizendo que eram espíritos malignos, demônios, e durante a inquisição, um fazendeiro que visse seu vizinho sendo muito prospero, poderia alegar que ele estava cultuando tomtes e os usando para roubar o gado e a prosperidade dos vizinhos, e isso já era o suficiente para uma condenação por bruxaria.
Nos tempos modernos os Nisse ressurgiram, agora ligados ao natal e a Jólbocken ( cabra do yule), batendo de porta em porta distribuindo presentes aos moradores, essa tradição de estabeleceu em 1840, principalmente na Dinamarca onde ficou conhecido como Julnissen, em 1881 na Suécia uma revista publicou o poema Tomte, o que acabou revivendo mais uma vez a crença nesses seres, com o surgimento da figura do Papai Noel e a forte crença na Dinamarca, Noruega e Suécia, essas crenças se misturaram e os Tomte passaram a ser vistos como ajudantes do Natal.
Ao contrário das crenças atuais de que eles sejam seres pequenos, as antigas historias falam de suas capacidades de trocar de forma, sendo tão pequenos quanto um rato ou tão grandes quanto arvores, no seu culto, uma das formas que se manteve registrada é a oferta de mingau ou leite com manteiga para eles na noite de Jól, não existia um culto diário ou rotineiro além desses a esses seres, já que eles não gostam de contato com os humanos, preferindo que cada um faça sua parte, sem interferir um no trabalho do outro.
Kobold
Na Germânia continental e em países próximos, vamos encontrar os Kobold, sendo conhecidos por possuírem três principais representações:
Kobold que vivem dentro de minas: são hostis aos humanos, tendo uma aparência terrível e assustadora, sendo responsáveis pelo envenenamento e desabamentos e outros inúmeros acidentes e trapaças para fazer com que os mineiros vão embora, até hoje você poderá encontrar muitas minas abandonadas nessas regiões com fama de assombradas.
Em 1735 o cobalto foi descoberto em Estocolmo e em 1742 foi isolado pelo cientista G Brandt, que o nomeou como Cobalto em referencia aos Kobold por causa de suas propriedades tóxicas que muitas vezes envenenavam os mineiros, uma curiosidade é que Georg Brandt foi um químico e mineralogista sueco e foi professor de química na Universidade de Uppsala.
Kabold doméstico: conhecido por viver juntamente com os moradores, podiam assumir a forma de animais em chamas ou de velas, apesar de muitos jogos de RPG atualmente representarem eles como sendo seres meio reptilianos ou com forma de rato, na folclore eles são sempre mencionados com aparência de um velho senhor, com longa barba e do tamanho de uma criança.
Assim como seus primos escandinavos, eles auxiliam nos trabalhos domésticos, protegem a casa de pragas, eles tem fortes semelhanças com os Poltergeists, e em algumas historias eles são mencionados como seres que adoram crianças e gatos, sendo muitas vezes vistos montados em gatos ou brincando com eles.
Nas obras dos Irmãos Grimm, temos algumas historias que tratam sobre esses seres, em uma delas eles são perigosos trapaceiros, em outra eles auxiliam um sapateiro no seu trabalho, e existem mais historias como as que podemos ver em rei Goldemar, Heinzelmann e Hodekin.
Essa ligação desses seres com o artesanato e a cozinha podem ser resquícios do culto do fogo doméstico a qual eles certamente pertenciam em um passado pré-cristão, a ligação com sapatos pode ser originada na influencia celta e na historia do leprechaum.
Sua presença é forte dentro do folclore continental, dentro de historias, contos de fadas e lendas, sempre auxiliando nos cuidados da casa e punindo os moradores relaxados, sendo assim como seus primos altamente benéficos quanto perigosos quando ofendidos, sendo responsáveis desde por pequenas artimanhas como esconder coisas até a incêndios nas casas e doenças e morte.
Como realizar o culto a esses seres hoje ?
A relação com o espírito doméstico é fruto frequente de dúvidas entre os praticantes do paganismo germânico. Sabemos que esses seres tem um próprio código de conduta e, como vemos em suas estórias, eles podem ser facilmente ofendidos, uma das maiores sugestões que muitos folcloristas são unânimes é que não se deve buscar contato com eles, é preferencial que cada um faça sua parte sem interferir na do outro, sendo destinada a data das comemorações de inverno a única data onde é feito uma espécie de troca de presentes, onde você pode oferecer a eles leite, manteiga e mingau.
Em outras tradições e regiões, como na Inglaterra em alguns lugares são oferecidos bolos, mas certamente isso faz parte de influências nativas celtas e adaptações regionais.
Algumas pessoas constroem pequenas casas para esses seres, e decoram jardim e casa com estatuas e bibelôs desses seres, sendo bem interessante a ideia, mas sempre lembrando, esses seres não gostam de que você tente estabelecer algum contato com eles.
Então faça a manutenção do Grith com eles cuidando da sua casa, mantendo a limpa e organizada, e uma vez por ano durante as comemorações de inverno, ofereça a eles os alimentos citados nas fontes, e assim você terá uma boa e tranquila convivência com seus inquilinos.
Uma boa prática adotada em alguns meios é oferecer leite, manteiga e mingau e desejar boas vindas quando uma famíla se muda para uma nova casa. Desta forma pode-se estabeler o Grith com o espírito que já reside no lar.
Mas lembrando, diferente de frith, que é uma paz duradoura, o Grith é uma espécie de contrato de paz, que exige cuidado e manutenção e acima de tudo, renovação, respeite para ser respeitado, pois não só de culto aos deuses vive o pagão germânico, mas também de respeito a natureza, a terra e aos espíritos da sua própria casa.
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