Prática Sé ia ou Coisa de Tupiniviking? Quem circula no meio pagão nórdico, ou mesmo aqueles que apenas demonstram interesse pelo tema, rapidamente percebe o fenômeno crescente de pessoas adotando pseudônimos de inspiração viking em redes sociais, festivais, shows e encontros temáticos. É fácil encontrar nomes pomposos e extravagantes entre os membros dessas comunidades. Nomes como Ragnar e Björn são extremamente populares, impulsionados sobretudo pelo sucesso da série “Vikings”. Thor e Loki, por sua vez, ganharam destaque adicional graças ao universo cinematográfico da Marvel, aproximando ainda mais o mito da cultura pop contemporânea. Aos que curtem runologia, não é incomum encontra Völva, Freya, Runemal e nomes afins. Além desses exemplos óbvios, há quem se arrisque em nomes de personagens menos conhecidos da mitologia nórdica, ou até mesmo busque palavras em nórdico antigo para tentar demonstrar maior autenticidade ou aprofundamento religioso. Porém, muitas dessas escolhas ac...
Quando pensamos no mundo moderno, especificamente sua arquitetura, lembramos de arranha-céus, apartamentos modulares e uma visa transitória; tudo isso faz com que seja fácil esquecer a conexão profunda e quase mística que nós, seres humanos, já tiveram com seus lares. Enquanto pagãos, nada adianta buscarmos deuses quando deixamos de lado espíritos da natureza e, ainda mais importantes, nossos ancestrais e os espíritos domésticos. Tendo isso em vista, vamos refletir como podemos considerar práticas antigas dentro de nossas vidas modernas. A natureza sagrada do lar Claude Lecouteux possui um livro de suma importância para entender como os povos antigos tratavam o assunto. Em seu livro The Tradition of Household Spirits, Lecouteux nos revela que os lares não eram apenas abrigos físicos, mas microcosmos espirituais. A casa era um espaço sagrado que conectava os vivos, os mortos e o divino. Ela possuía corpo e alma, atuando como repositório de memórias, identidade e continuidade. ...